domingo, 30 de dezembro de 2012

Ego e sofrimento


depois de ler este texto de Robert Sachs resolvi partilhar


EGO E SOFRIMENTO
UMA VISÃO BUDISTA


Como a nossa ignorância nos impede de ter uma visão correta de nós mesmos e do mundo,  desenvolvemos visões erradas e, a partir dai, o caos começa-se a instalar. Ficamos presos a certas maneiras de agir e de pensar e julgamos que, comendo isto ou aquilo ou que estando com esta e não com aquela pessoa, tudo ficará perfeito. Embora nenhum de nós realmente deseja sofrer, por melhores que sejam as circunstâncias, devido a nossa visão limitada, provavelmente ficaremos desapontados se as coisas não saírem como nós as planeamos ou esperamos. Como consequência disso, ficamos mais obstinados e nos recusamos a admitir os nossos erros de julgamento ou de reconhecer que as nossas atitudes estão erradas. Afastamos tudo o que pode atrapalhar o nosso "mundinho" perfeito e com isto nos vamos apegando ainda mais aquilo que achamos que realizamos, tornando-nos  cada vez mais agressivos.
Com essa descrição, definimos o que o tantra referência tal como os ensinamentos budistas que são designados pelos três venenos: apego, agressão e ignorância. Estas três forças impostas pelo ego são responsáveis por todo o nosso sofrimento físico, emocional e espiritual e compõem a base de uma realidade limitada que precisa de ser transcendida.
O modo como são designados de veneno, é como se fossem designados como frutas verdes.
Embora o apego, a agressão e a ignorância sejam a fonte de todo o nosso sofrimento, são um retrato imaturo da realidade segundo a visão tântrica budista. Eles contem um potencial iluminado, como as frutas verdes que amadurecem e ficam suculentas e prontas para serem comidas. Superar o apego, a agressão e a ignorância significa não se deixar levar pela realidade limitada que eles retratam. Quando não nos deixamos dominar pela arrogância ficamos mais abertos. De acordo com alguns ensinamentos, o apego transforma-se em sabedoria, a agressão em clareza e a compaixão e a ignorância em atitudes inteligentes. O budismo acredita que somos bons por natureza e que esse potencial está adormecido dentro de nós. O que precisamos é descobrir um modo de transformar esses venenos em condutas positivas. Certa vez, um bom amigo, fez uma analogia da transformação do fabrico do aço. Quando esse metal é aquecido, passa por um estágio de oxidação que o torna escuro. Se for retirado durante essa fase, o resultado será desastroso. Mas se for submetido ao calor por mais tempo, o aspecto enegrecido desaparece e, em seu lugar, surge um metal claro, brilhante e literalmente indestrutível.

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